“Cada falante precisa de um ouvinte que ele creia que vale a pena escutar!
Em sua famosa canção noturna, Nietzsche disse: ‘O violino de minha alma cantou para si próprio esta canção. Alguém a escutou?’
E, porque ninguém a escutou, ele enlouqueceu. E não podia senão enlouquecer: nossa linguagem desaparece de nós se ninguém a escutar.
E para quem escuta e obedece, fazendo o que lhe é ordenado, o orador, o comandante, o chefe tem de ser o chefe. E essa odiada superioridade é a condição para a existência de todo e qualquer periódico, conferência, corte, exército, governo, literatura ou teatro.”
Em A origem da linguagem, de Eugen Rosenstock-Huessy.