O DNA e os números

[...]

V

1.
Eu sou a ponta da flecha
a ferir o tempo,
e o que vem
atrás de mim
não passa de ausência.

Eu sou a ponta da flecha
de um pequeno triângulo.
Sou apenas um,
que veio de dois;
cada um
veio por natureza de dois;
dos quatro de quem vim,
cada um
veio instintivamente de dois;
dos oito, dezesseis, trinta e dois,
da potência
desses dois elevados ao infinito
de que vim,
e sendo apenas um,
levo todos perto de mim:
essa origem distante que é zero,
e nada, e tão ampla,
nem passa de ausência.

O DNA verdadeiro
é o DNA
            do arqueiro.

[...]


Continua lá no estudo O DNA e os números.

Confira lá o poema Verdade, de Pietro.